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Arte de Sayaka Ganz, objetos tem espirito e vivem.

Você acha que é lixo? Ela acha que é vida. Você acha que é inútil? Ela acha que tem alma. Você acha que não presta? Para muitos o que não lhe presta é seu sustento.

Para muitos o lixo existe. Porém do ponto de vista de outros, lixo não existe.

Pá de lixo, garfos, cabides, fios, cesta de pães… Todos colados lado a lado para formar esse tigre. Consegue ver?

Para essa mulher, Sayaka Ganz, objetos são organismos vivos e tem espirito. Se você joga fora qualquer objeto antes de se decompor ele chora durante a noite de dentro da lixeira. Foi assim que seu pai lhe ensinou desde pequena e é assim para todos amigos e parentes da crença Shinto, crença que Ganz cresceu acreditando.

“Aquarium” Obra de Ganz onde transforma objetos usados por outros em arraias, golfinhos, água vivas e até baleias.

Sayaka Ganz nasceu no Japão, mas viveu em diversos países no mundo. Inclusive aqui no Brasil, veio morar em São Paulo com seus pais com 9 anos de idade e ficou até os 13 anos, quando seus pais mudaram novamente para o Japão. Hoje ela é um dos grandes nomes que fazem arte do lixo, apenas juntando objetos que foram descartados por outros. Simples assim ela ganha muito dinheiro e fama com o que você considera ser lixo e descartável.

“Running”. Outra de suas mais famosas artes que percorrem os museus do mundo.

E não só isso, mas o que você pode considerar lixo pode ser arte, combustível, adubo ou pode ser reciclado ou usado de diversas outras formas. Enfim; lixo existe ou não existe. Para a maior parte das culturas orientais lixo não deve existir. E para você?

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